área de segurança
A consciência do espaço que nos cerca não é estimulada em portugal
há uma falta de sensibilidade reinante no que toca à noção de um corpo no espaço público.
os exemplos óbvios são os cafés e os passeios estreitos, mas a vida diária depressa nos mostra que esta insconciência da ocupação do espaço se aplica a tudo e a todos os locais, públicos e privados.
Podemos ilustrar em extremo e em privado, com uma cama, onde um casal se acotovela sem sensibilidade e audição corporal... para não falar da dificuldade de comunicação verbal e do desleixo quase orgulhoso em relação à nossa lingua-mãe.
É claro, eu poderia de outra forma dizer, que o que se passa na verdade, é que se trata de uma nação de pessoas cheias delas próprias, com egos que se prendem com a quantidade de coisas de que conseguem dizer mal, quantas mais melhor, reflectindo nessa interminável lista de coisas que conseguem criticar, o quanto acima dos outros eles estão. Impondo os seus corpos ao espaço que os circunda, a culpa é sempre de um outro e de preferência um outro inominável, e generalista. Não só não se desviam, mostrando que há muito anularam a sua visão periférica, como são capazes de se manter firmes no seu posto enquanto observam o outro ser de alto a baixo, procurando algo, avidamente, que o permita criticar e dizer mentalmente: "mas quem é esta pessoa que ousa obrigar-me a sair deste lugar que me pertence?". Encetam então a lenta e muitas vezes seguida de olhar de soslaio e pequeno grunhido, movimentação que vai permitir à pessoa que passa, ter um pouco mais de espaço, mas apenas um pouco mais, visto que o senhor que reina aquele espaço continua a ser ele.
Partilha? o que é isso? Noção de espaço público? Privado? Área de segurança de um corpo? Sensibilidade? Nada disso existe nestes seres vivos que povoam portugal.
olhemos agora para os animais
e como pode um toque ser a maior das delícias quando se baixam as defesas mantendo o respeito pelo espaço do outro
há uma falta de sensibilidade reinante no que toca à noção de um corpo no espaço público.
os exemplos óbvios são os cafés e os passeios estreitos, mas a vida diária depressa nos mostra que esta insconciência da ocupação do espaço se aplica a tudo e a todos os locais, públicos e privados.
Podemos ilustrar em extremo e em privado, com uma cama, onde um casal se acotovela sem sensibilidade e audição corporal... para não falar da dificuldade de comunicação verbal e do desleixo quase orgulhoso em relação à nossa lingua-mãe.
É claro, eu poderia de outra forma dizer, que o que se passa na verdade, é que se trata de uma nação de pessoas cheias delas próprias, com egos que se prendem com a quantidade de coisas de que conseguem dizer mal, quantas mais melhor, reflectindo nessa interminável lista de coisas que conseguem criticar, o quanto acima dos outros eles estão. Impondo os seus corpos ao espaço que os circunda, a culpa é sempre de um outro e de preferência um outro inominável, e generalista. Não só não se desviam, mostrando que há muito anularam a sua visão periférica, como são capazes de se manter firmes no seu posto enquanto observam o outro ser de alto a baixo, procurando algo, avidamente, que o permita criticar e dizer mentalmente: "mas quem é esta pessoa que ousa obrigar-me a sair deste lugar que me pertence?". Encetam então a lenta e muitas vezes seguida de olhar de soslaio e pequeno grunhido, movimentação que vai permitir à pessoa que passa, ter um pouco mais de espaço, mas apenas um pouco mais, visto que o senhor que reina aquele espaço continua a ser ele.
Partilha? o que é isso? Noção de espaço público? Privado? Área de segurança de um corpo? Sensibilidade? Nada disso existe nestes seres vivos que povoam portugal.
olhemos agora para os animais
e como pode um toque ser a maior das delícias quando se baixam as defesas mantendo o respeito pelo espaço do outro
2 Comments:
Excelente observação! Também já me senti indignado com o que descreves... Mas nunca conseguiria transmitir isso tão bem como tu fizeste.
sorrisos,
por me ver compreendida
;)
Enviar um comentário
<< Home